sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A galera e o copo de cerveja

Estava eu, perfeitamente concentrada na aula, discutindo os textos lidos em grupo, quando o celular toca:
- A gente já pediu a caixa. Vem pra casa! Já tô bebendo e ficando bêbada!
A vontade que eu tive foi jogar o celular longe! Como assim elas estavam bebendo sem mim? E ainda me ligaram pra me deixar com vontade!! Mas eu estava na aula, sem previsão de horário para voltar para casa! Ótimo!
- Quem tá aí? Se eu chegar e a cerveja já tiver acabado, eu MATO vocês!
Finalizei a conversa e desliguei o telefone. Pronto! O estrago estava feito. Nada mais que eu fizesse na aula seria produtivo. Fiquei pensando que eu poderia estar em casa, com todo mundo, bebendo e curtindo o início do final de semana, mas não. No lugar disso tudo, eu estava na aula, fazendo trabalho e ainda teria mais uma meia hora de estrada pela frente até chegar em casa. Será que estou ficando meio alcoólatra? Não... Acho que não! Afinal, que mal tem querer beber com os amigos em casa, numa boa? Ainda mais no fim de semana - ok, admito que era uma quinta-feira, mas na sexta eu não tinha aula, então...
Terminei o que tinha que fazer na faculdade e corri pra casa. O resto eu nem preciso contar...
É sempre muito bom estar com quem a gente gosta e na companhia de um copinho de cerveja.

domingo, 29 de agosto de 2010

A mais nova família

Para começar esse texto, preciso deixar claro um conceito: família é a unidade básica da sociedade formada por indivídous com ancestrais em comum ou ligados por laços afetivos.
Deixando isso claro, posso continuar...
Depois de um mês de intensa movimentação em casa - de pessoas conhecidas e outras nem tanto - percebi o que realmente significa a palavra família.
Família não é só pai, mãe, avô, avó, irmão, irmã e esses laços consanguíneos.
Família não é só tomar esporro quando você fez alguma coisa errada.
Não é só deixar a mãe sem dormir à noite porque você está na rua "Deus sabe lá fazendo o quê!"
É um pouco mais do que isso.
É morar com meia dúzia de mulheres que você nunca viu na vida e poder chamá-las de irmãs.
É tentar manter a casa em ordem - e não mais só o quarto - para poder receber visitas sem se envergonhar da bagunça.
É dar satisfação por vontade, e não por obrigação.
É poder chegar em casa e contar tudo o que você fez durante o dia e morrer de rir com as histórias alheias.
É queimar o arroz no almoço de domingo e ter certeza que todo mundo vai te xingar porque a fome é negra.
É poder dar susto em todo mundo com uma bombinha de festa junina e não apanhar - tanto!
É acordar a louca que dormiu em cima do prato de pizza e morrer de rir da cara dela.
É saber dos podres de todo mundo e não chantagear ninguém - com más intenções - com isso!
É pegar roupa emprestado - sempre - e não ter que se preocupar se, por acaso, ela ficar suja de batidão...
Enfim... É ter pessoas importantes ao seu lado e ter o orgulho de poder dizer: Fui eu que escolhi morar com elas!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Amigo sofre, mas é para isso mesmo...


Outro dia ouvi de uma amiga minha que ela estava acostumada a ter o apoio das amigas, e não o contrário. Fiquei pensando naquilo e concordei com ela em partes. Os amigos servem sim, para te apoiar nas horas que você precisa, mas nem sempre.


O contexto dessa história foi uma conversa entre quatro amigas sobre a mudança de curso de uma delas. Não era nada extraordinariamente sério, mas mesmo assim tomou proporções que eu tenho certeza que nenhuma de nós gostaríamos que tivesse tomado.


Quando você vai fazer alguma coisa que pode mudar drasticamente a sua vida - não necessariamente uma coisa ruim -, você precisa saber a opinião das pessoas mais próximas a você (eu acho). E nem sempre elas tem a obrigação de concordar com o que você vai fazer. Às vezes alguém está tão incomodado com a situação que está vivendo que acaba não se dando conta do que pode vir a fazer. Sei que é muito mais fácil falar do que viver essa situação, mas acho que esse é o papel do amigo.


Aquela pessoa que está ao seu lado não só para te apoiar, mas para te "puxar a orelha" de vez em quando e evitar que você faça algum tipo de besteira.


O amigo é aquele que fala o que pensa quando acha necessário, mesmo que aquilo possa magoar a outra pessoa.


O amigo é aquele que vai fazer de tudo pra te ver feliz, mesmo que, por externar certas opiniões, te deixe com raiva ou estressado.


Amigo é aquele que envolve outro amigo no problema (mesmo que você tenha pedido segredo), para saber o que fazer quando está perdido.


O amigo é aquele que se preocupa demais com as situações que você passa, mesmo que não tenha coragem de ligar para saber como ficou resolvida uma ou outra situação, pois sabe que você está de cabeça quente e que pode não ajudar em nada.


Enfim... O amigo é aquele que fala TUDO para o outro, visando somente a felicidade, e não querendo causar intrigas, confusões ou coisas parecidas.


Amigo sofre, mas é para isso mesmo.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Aquela que se tornou indispensável há 18 anos...

Sabe aquela criatura que sempre arruma um jeito de fazer arte e por a culpa em você?
Mas que depois que você fica de castigo, fica implorando pros seus pais pra te liberar, porque ela não pode brincar sozinha??

Aquele ser que te deixa arrumar todo o cenário para brincar de boneca, e, depois que você gasta hooooras nessa tarefa ela simplesmente diz: "Não quero mais brincar não... Cansei!".
E ainda por cima NÃO te ajuda a por as coisas de volta no lugar!!!

A pessoa que faz questão de sair com você, se diverte sozinha, e quando você vai começar a se divertir, ela diz que quer ir embora.
E você TEM que ir, porque, afinal, vocês saíram juntas né?

Alguém que te perturba sempre;
Pega as coisas emprestadas e devolve com defeito;
Te acorda cedo em pleno final de semana batendo as gavetas e portas do armário;
Liga no meio da aula pra falar sobre o "caso" que você não quer mais ouvir;
Briga por qualquer coisa quando está de TPM;
Ou mesmo quando não está...
Você conhece alguém assim??

Pois é... Eu conheço, e muito bem!

Mas essa mesma pessoa...

Te ajuda a matar aula e não fala nada pros seus pais. (Mesmo que role uma chantagenzinha...).

Sai com você quando você não tem ninguém pra sair. (Mesmo que seja por interesse).

Acoberta tudo de errado que você faz, desde que seja acobertada também...

Vai curtir suas festas de faculdade, mesmo sendo menor de idade e estando no ensino médio...

Usa sua carteira de identidade para fingir que é mais velha do que realmente é.

Assalta o seu guarda roupa, sua geladeira, dorme na sua cama e deixa louça suja na pia quando está na sua casa e ainda tem a cara de pau de dizer que "é saudade de você!". (E está mais que certa de fazer isso, porque você também faz!).

Sai contigo e faz mais sucesso na rua porque ela é mais bonita! (Ainda te mato por isso!).

Te ouve quando você precisa...

Liga pra dizer que está com saudades!

Empresta o video game para você não ficar sem nada pra fazer à tarde!

Faz de tudo por você. Até uma tatuagem com o seu nome! (E não liga pros ciúmes dos outros!).


Enfim... Aquela pessoa que te enche o saco a vida inteira, mas que é INDISPENSÁVEL pra você.

Pois é... Esse alguém existe na minha vida e assina o mesmo sobrenome que eu.

Te amo, Maninha!

E os amigos, onde estão?


Quando acontecem coisas que fogem da nossa capacidade de resolução, a gente fica meio perdido, sem rumo, com dor de cabeça e tal. Mas descobri que mesmo com essas coisa não tão boas acontecendo - ok, PÉSSIMAS mesmo - tenho o apoio de tanta gente...

As loucas da faculdade que saem comigo e que estão ao meu lado em qualquer situação são bons exemplos disso. As vizinhas barulhentas do apartamento antigo também. A menina da cama ao lado. O cara da república do fim da rua. O povo que entrou no mesmo período que eu. É tanta gente que eu nem consigo lembrar de todo mundo.

Sei lá... Estou viajando aqui, mas é isso mesmo.

Descobri essa semana que tenho mais amigos aqui do que na minha vida inteira.

AMO muito tudo isso!

Milkshake de Ovomaltine


Essa postagem é pra pessoa que, há quase um ano, passa tempo comigo do que qualquer outra. Não que os outros não sejam importantes, mas é que essa é diferente.
Como eu já escrevi, ela é minha irmã de batalha, de quarto, de rock, de vida.
Alguém que sabe me fazer rir - chorar de rir, na verdade.
Alguém que está lá pra me levantar (e isso não acontece pouco!).
A pessoa que eu sei que posso confiar em qualquer situação.
A pessoa que passou por muitas situações iguais às que eu passei.
Alguém que eu grito, xingo, dou esporro e falo as coisas que ela precisa ouvir, mas sempre nas melhores das intenções.
Aquela que tem inúmeros apelidos, mas que eu chamo de "amiga".
Sei lá... Alguém que se tornou indispensável na minha vida acadêmica. E nas próximas que vierem também.
É Marcela... Acho que você é um pouquinho importante...

sábado, 15 de maio de 2010

Vozes

Ouvir as vozes na sala me faz lembrar do tempo em que eu estava lá também. Do tempo que eu tinha que estar lá. Dos papos que eu era obrigada a ouvir, mas fazia por gosto, não só por obrigação.
As vozes me lembram as alegrias, as tristezas, as chamadas de atenção, as piadas, os pedidos, os agradecimentos, os elogios, as críticas.
Essas vozes, tão próximas, me parecem agora tão distantes...
Me fazem pensar que tudo não passou de um sonho, de uma ilusão.
Me fazem acreditar que não sou a pessoa certa. E realmente não sou.
Não sou a pessoa certa para abaixar a cabeça sem ter motivo.
Não sou a pessoa certa para depender da vontade de alguém para fazer o que eu tenho vontade de fazer.
Para fingir ser quem eu não sou.
Acho que depois de tudo isso ficou mais fácil descobrir o que estou disposta ou não a fazer pela minha graduação.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

As 40 verdades de um universitário


1- Aprendi que aquela frase de efeito que diz que “a gente só dá valor às coisas quando as perde” é uma generalização, mas não deixa de ser verdade.

2- Aprendi que quando se está morando sozinho, você se deslumbra, faz o que quer no início, acha maravilhoso ter total liberdade, mas tem hora que se cansa disso tudo e sente falta da família.

3- Que a família é realmente a base da nossa existência.

4- Que os amigos são as pessoas mais importantes da nossa vida universitária quando se está a quinhentos quilômetros de casa.

5- Que somos passíveis de erro, sempre.

6- Que, por mais que mudemos de casa, bairro, cidade ou país, encontraremos basicamente os mesmos problemas.

7- Que conviver com pessoas que você não conhecia até dois dias atrás não é tão difícil assim.

8- Que fazer amigos é extremamente necessário e saudável.

9- Que universitários sabem basicamente o preço de macarrão instantâneo e cerveja.

10- Que se seu estômago resiste aos longos anos de faculdade, despreocupe-se: você nunca vai ter uma gastrite crônica.

11- Que somos exageradamente solidários quando estamos bêbados.

12- Que não podemos julgar as pessoas pelas suas atitudes de um único dia.

13- Que é muito mais fácil se abrir com aquelas pessoas que você não conhece muito bem.

14- Que compartilhamos sonhos com os amigos de escola, cursinho, faculdade, trabalho, mas no final, cada um segue um caminho diferente, e são raros aqueles que ainda lembram dos velhos planos.

15- Que mordomia é só uma vaga lembrança.

16- Que os relacionamentos com as pessoas são mais intensos e menos verdadeiros quando se é mais velho.

17- Mas aprendi também que interesse não é tudo.

18- Que, quando planejamos muito, a coisa não dá certo.

19- Que o melhor remédio para ressaca é uma coca-cola bem gelada.

20- Aprendi a saber exatamente a localização de todos os hospitais da cidade.

21- De todas as repúblicas.

22- De todos os bares.

23- E de todas as igrejas – com a finalidade de dar informações sobre hospitais, repúblicas, bares...

24- Aprendi que morar com muita gente tem tudo para dar errado, mas é divertido e traz um crescimento gigantesco.

25- Aprendi a beber cachaça.

26- A respeitar as tradições dos lugares.

27- A não acreditar em todas as histórias contadas.

28- A não ter “pré-conceitos”.

29- A disputar com os vizinhos quem tem o aparelho de som mais potente em plena terça-feira.

30- A entrar em lugares onde não se conhece ninguém e sair com melhores amigos de infância.

31- A não fazer apostas quando você sabe que no dia seguinte não vai lembrar de nada.

32- A dar o melhor de si quando for necessário.

33- A perder noites de sono lendo textos de sociologia.

34- A sair prevenido sempre, quando se mora em Ouro Preto – a cidade das quatro estações (no mesmo dia!).

35- Aprendi a economizar dinheiro.

36- A confiar mais nas pessoas.

37- A ser mais tolerante.

38- A saber admitir quando estou com saudades de casa.

39- A chorar quando sinto vontade.

40- Aprendi que já mudei muito, já passei por muita coisa, mas sempre terei o que mudar.